Thanksgiving Day

Hoje é Dia de Ação de Graças, feriado comemorado e celebrado nos Estados unidos e no Canadá, mas nada impede que outros países o façam. Lá em casa minha mãe comemorava esse dia sempre convidando pessoas diferentes para o famoso e delicioso peru. Ela queria que a idéia se espalhasse. Era bem intencionada essa minha mãe.

Basicamente é um dia de agradecimento, normalmente a Deus, pelas coisas boas que aconteceram durante o ano. Sempre é comemorado na última quinta-feira do mês de novembro.

Depois de mais um ano turbulento, recheado de altos e baixos – mais baixos do que altos – logo de manhã fui para frente do espelho e perguntei a mim mesmo: Agradecer o que, exatamente?

Pois é… sempre há o que se agradecer. Alguns agradecem por mais um ano vivido, outros pela saúde, alguns raros no meio dessa crise toda pelo sucesso financeiro, enfim, sempre há alguma coisa que devemos ou podemos ser gratos.

No meu caso eu posso agradecer algumas poucas coisas. Outras ainda não, mas quem sabe…

Normalmente agradecemos pouco e pedimos muito. Uma vez escrevi sobre isso, não sei onde exatamente está esse texto, mas lembro bem que disse que entramos na igreja para pedir e muito pouco para agradecer. Normal, eu que sou daqueles que vai à missa todos os domingos, me percebo pedindo bastante.

Naquele mesmo texto a que me referi, lembro de ter dito que sentia certa vergonha disso. Apesar de constar nas escrituras que devemos pedir sempre, eu me sinto meio constrangido. Coisas da minha cabeça doida.

Mas hoje é dia de agradecer, não de pedir. Então voltemos aos agradecimentos… Você aí do outro lado, tem algo a agradecer? Já pensou nisso hoje? Então pense…

Mesmo que não seja religioso, deve fazer esse balanço no dia de hoje. Sei de gente que jamais agradeceria certas coisas, como estar vivo nesse momento, por exemplo. Parece duro pensar assim, mas quem disse que a vida de algumas pessoas é moleza?

Para essas eu digo que devem agradecer mesmo contra a vontade. Passar por momentos difíceis na vida é inerente a tal “jornada aqui na Terra”. Alguns gurus dizem que são nos momentos ruins que a gente cresce. Concordo parcialmente com isso.

Sou adepto da auto-valorização do ser a qualquer custo. Sou integrante daqueles que pensam que devemos aprender com os acertos também. Mas é fato que nos momentos ruins e difíceis das nossas vidas é que exercitamos algo que todos têm, o que chamo de: Poder da improvisação.

Viver é isso, é improvisar o tempo todo, ou quase todo tempo. Sair de “sinucas de bico”, ultrapassar barreiras, desviar das pedras do caminho… uma porção dessas coisas todas.

Já encerrei um texto com um ditado que li certa vez e que eu simplesmente amo. Como estou no meu Blog e aqui posso tudo, encerro novamente com essa frase que é na verdade um pensamento a ser bem digerido. Não só digerido, mas também dirigido a essas pessoas que estão nesse momento passando por “apertos e angústias no coração”.

“Mares tranqüilos não fazem bons marinheiros”.

Assim sendo, aproveito para agradecer as tempestades desse ano. De alguma forma – que talvez ainda nem saiba qual – eu devo ter crescido um pouco mais por causa disso…

MM