Limite

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Qual é nosso real limite para suportar as dores da alma?

Pois é, andei pensando nisso por diversas razões. Conclusão? Bem, a única que me veio à mente é que nosso limite não é limitado. Esqueçam o jogo de palavras e tentem entender meu ponto de vista.

A impressão que tenho é que o limite não existe porque a gente sempre consegue esticar um pouco mais. Já escrevi uma vez sobre uma expressão muito usada aqui nos Estados Unidos: “Pushing the Limits”.

Tudo bem que eles a usam mais para o mundo dos esportes onde os atletas sempre tentam se superar. Mas por que não traçar um paralelo à nós, simples mortais em outras áreas da vida? Por que não usar essa expressão para justificar nossa permanente luta interna? Que luta? Aquela em que tentamos superar tudo o que sentimos de negativo, ou até mesmo, coisas que acontecem em nossas vidas e que devemos passar por cima.

Por exemplo, a luta contra a depressão. Quem tem essa maldita doença está em constante conflito interno. Um lado diz que deve desistir, outro que deve reagir. Graças a Deus que a maioria das vezes quem vence é a reação.

Mas para isso, é preciso que se estique o limite, que se amplie cada vez mais a sua área. A pergunta é: Até quando?

Falando de verdade, até quando um ser humano aguenta tanta angústia, dor, sofrimento? Pois é… não tem como sair do lugar comum: ada um sabe a carga que carrega e por quanto tempo suporta carregá-la.

Entretanto, qualquer que seja o peso, deve-se lutar com todas as forças para superar esses mmentos. E não pensem o contrário, sempre temos uma carga de força extra.

Recebi ontem um comentário de um jovem leitor. Um texto que escrevi sobre depressão. Ele que tem apenas 15 anos, sofreu desse mal e agora tenta recuperar-se à duras penas, pelo que entendi.

Um adolescente sensível e corajoso. E consciente.

Um dos pilares que dão sustentação ao Ego-Sistema, por pura definição minha, é justamente a Lucidez. Dizem os especialistas que ter consciência é o primeiro passo para que se saia de qualquer problema. Concordo!

Não acho que depressão tenha cura. Acho que as pessoas apenas conseguem lidar “bem” com a doença crônica. Sabendo disso, espero que meu leitor aprenda a lidar com o que ele chama hoje de “Tristeza Profunda”.

Espero que ele tenha consciência de que é possível viver melhor. Espero que ele tenha mais força ainda para seguir adiante. O fato de ele ser novo é bem triste por um lado e muito bom por outro. Esse lado bom é que ele tem ainda muito tempo pela frente para aprender a lidar com isso da melhor forma possível.

MM

PS: Quanto à namorada… Ruan, sei que já te disseram para esperar, coisa e tal. Pois eu lhe digo: Não espere não. Pela sua sensibilidade e coragem, tenho absoluta certea de que vai encantar a maioria das mulheres que conhecer ao longo de sua vida. Tire proveito dessas qualidades incríveis e que não se vêem por aí hoje em dia.

6 respostas em “Limite

  1. Putz!
    Empatamos novamente! rsrsrs
    Teimosia é um dos meus maiores “defeitos”!
    Mas, não vou prolongar a nossa “discussão”, no bom sentido.
    Para os teimosos o assunto renderia, digamos, contraposições sem limites! rsrsrs
    Abração.

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  2. Tradução simples, rasa… enfim, não disse.
    Mas… vamos lá.
    Ampliar limites é necessário sim.
    Imagine se os humanos tivessem acreditado nos seus limites, o que seria dos corredores dos 100 metros rasos, por exemplo, quando se acreditava cegamente que fazer o percurso em 10 segundos era o limite “insuperável”?
    Saio do esporte porque seria covardia, já que existem centenas de exemplos.
    Vamos para a vida…
    Já saí de uma depressão sem remédios.
    Já superei crises agudas sem ajuda médica ou psicológica.
    Já superei eliminei diversas vezes as crenças de que havia “chegado ao limite”. E isso vale e valeu para qualquer área da vida.
    Oras bolas, se eu consegui, todos conseguem porque nem de longe sou melhor do que outra pessoa qualquer. Pelo contrário, sei que sou muito pior em váááááááárias coisas.

    Mas eu entendo… há gente que só supera as dificuldades com ajuda externa.
    Isso vai de cada um e deve ser respeitado, sem dúvida.
    Para constar nos autos, costumo escrever as coisas explicitamente e não implicitamente.
    E juro… não disse nada sobre testar limites, ainda que seja completamente a favor, afinal, em minha modesta e singela opinião, acho que os seres humanos são muito fracos e têm uma visão muito simplista e até maldosa a respeito de si mesmo.
    No dia em que souberem a força que tem, talvez até encontrem a cura para a depressão, já que concordo com vc e mais, já discuti veementente com psicólogos e psiquiatras que afirmam o contrário. Não tem cura!
    A gente aprende a lidar e tenta viver melhor. Normalmente se policiando para não cair em crises agudas.
    E concordo contigo em outra coisa: Há um só “gatilho”, uma só causa que faz as pessoas entrarem nessa.
    E tem mais uma coisa… acho sim que é o mal do século e pior, acho que todo mundo vai sofrer disso em algum momento da vida. Infelizmente.
    Pra encerrar… eu não disse!!! Hahahaha…
    Se tem uma coisa em que sou realmente bom é em teimosia… Preciso trabalhar isso na terapia…rsss

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  3. “Pushing the Limits” tem como tradução e consequentemente o seguinte sentido: alargando, ampliando, ultrapassando, testando limites.
    Será que li mesmo o que não foi escrito?
    O senhor também escreve que: “é preciso que se estique o limite, que se amplie cada vez a sua área.”
    Sinto muito, mas em boa parte do texto o senhor fala em testar limites; em algumas passagens explicitamente, em outras implicitamente.
    Tão covarde como não se identificar em um comentário, é a negação.
    Portanto, estamos empatados, 1 x 1. rsrsrs

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  4. Concordo em partes. É possível sim não tomar remédios e sair das crises agudas. E não foi escrito que se deve testar limites. Burrice sem limites é supor ou ler o que não foi escrito…

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  5. A depressão crônica é uma doença e deve ser tratada.
    O doente depressivo deve procurar apoio e acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
    A doença não tem cura e os episódios de crise são desencadeados por fatores externos. Na verdade é um fator que se repete e se manifesta ao longo da vida do depressivo crônico.
    Primeiramente, o doente depressivo crônico tem que ter consciência do fator desencadeante, ele sempre é o mesmo, não se trata de um fator novo, é sempre o mesmo que precede o episódio da crise aguda.
    Loucura pensar em testar limites, ir até ao fundo do poço e ter a crença que poderá sair dessa sozinho.
    Ter consciência, aceitação que é uma doença tal qual uma diabetes, pressão alta, uma doença cardíaca ou renal crônica em que se deve tomar uma medicação de uso contínuo é imprescindível.
    O que percebo é que muitos doentes depressivos em momentos de crise, rejeitam a necessidade de procurarem auxílio médico e de terem que tomar antidepressivos.
    O diabético, o cardíaco, o renal crônico, o hipertenso, se não tomarem remédio morrem.
    O doente depressivo também!
    Tentar sair de uma crise depressiva profunda, pensando que será possível conseguir sozinho, sem a ajuda médica e medicamentosa, não é testar limites, mas sim uma burrice sem limites!

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